quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Palavras


Que novas palavras
para descrever o que sinto?
Quão escravas as sensações do prazer!
Tê-la ao meu lado, vê-la sorrir;
sorriso escrachado,
descompromisso com o tempo,
comprometida com a vida.
Atrevida, sabe o que quer,
o que pode ter e quer mais.
Faz-me bem querer-te,
meu querer bem.
Bem-me-quer!
Quero, preciso saber de ti.
Vem, vê onde
 as próximas emoções irão aflorar;
no paladar dos teus beijos,
nos desejos do teu olhar.
Quantos toques das tuas mãos
a acariciar minh’alma;
acalmando meus pensamentos,
tormentos de perda,
inebriando nossos corpos
a encravar digitais de cio.
Frio e calor,
arrepios, viagem medular;
me empresta, de novo,
teu olhar penetrante e fugaz,
permanente e voraz.
Fica comigo, permanece;
vê como cresce
essa torrente de paixão;
sente, outra vez, tomar conta
de todos os espaços e poros.
Face a face, pele na pele,
faz coro comigo,
decora meu gozo,
realimenta teu fogo.
Nesta contenda, não jogamos;
vencemos sempre
refazendo as cenas anteriores.
Tua tez, meu suor,
cada vez melhor;
até que te percebo
desfalecer em meus braços.
Então, te abraço suave,
te dou o colo breve que precisas;
falo as novas palavras,
descrevo o Amor.

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