quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Amarras


Livrar-se das amarras
a que te agarras,
assumir novos compromissos
requer coragem;
então, age com sabedoria,
estanca a dor de não sentir
e a ausência de cor na sua vida.
Mostra um sorriso,
preciso da tua alegria contagiante
como necessitas do meu abrigo.
Amigos, antes e depois;
durante, amantes incansáveis
à exaustão dos corpos,
sinuosos, ofegantes;
navegantes no prazer
de pedir e dar, doar e receber.
Quando, no refúgio do silêncio
de um choro profundo,
os olhares se encontram;
as energias se igualam
e exalam odores;
calam dissabores passados
e transportam as sensações de paz
para um futuro esperado.
Como em um desdobramento,
vislumbro esta felicidade;
neste momento atemporal,
lugar adimensional,
percebo a tua luz,
aura perispiritual de amor.
Torno ao presente,
ciente da responsabilidade
de cativar você e da reciprocidade
de poder rir e chorar de paixão.
Sensibilidade à flor da pele,
tua chama propulsora
impele minhas mãos
ao toque das tuas;
formando um elo forte de ternura
que orienta caminhos
além da amargura e da morte.
Nem sorte ou acaso,
oráculos não criam;
é escolha anterior e livre arbítrio.
Divinos; não, divinatórios,
os destinos assumidos;
então, é vencer os obstáculos
que se apresentam;
muitas vezes,
criados dos próprios erros,
acertos circunstanciais
que criaram raízes.
Um tempo, nos fizeram sorrir;
mas, é preciso livrar-me das amarras
e sentir a liberdade de poder ser feliz.

2 comentários:

  1. Sensacional!! Lindíssimo!!
    Parabéns!!
    Apreciei demais seu encantador poema!!
    Sucessos e belas inspirações, sempre!!
    Paz!!

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    1. ô, Mónica, que boa "ventura" as suas palavras afetuosas no meu blog.
      as pessoas, de uma forma geral, apenas "curtem".
      a música ao fundo é belíssima e ajuda o conteúdo final.
      grato pela sua genuína demonstração de "regalo".

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