quarta-feira, 29 de julho de 2015

Garota de Porcelana


Doce olhar tristonho;
não me engana
o teu sorriso,
Garota de Porcelana!
Nem precisa falar, 
suponho os teus
lindos olhos azuis a brilhar.
Sonhos mudos,
você cala;
eles são tua voz
e pedem socorro;
falam por ti, ecoam.
Mas, nada vai mudar
de fora pra dentro;
é de foro íntimo
a intimidar
a tua própria natureza.
Sem coragem, força
de enxergar
de entregar-se, de novo,
à beleza que transparece
a cada olhar;
meigo, carente,
leigo, latente,
encantador, inocente.
Tanta dor
não vale a pena;
então, ouve a pena
que te escreve
e te pede
para olhar ao redor;
sinta o calor
da tua própria chama
que clama desejos sábios.
Vêm dos teus lábios
as palavras da alma
inquebrantável e ardente;
a quinta essência
que nutre a cadência
das tuas formas.
Decora teu valor,
tanta sensibilidade
não tem sabor
se não tocar
e remover a tua calma
 até aflorar
a mulher amável, amante.
Encante!

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