terça-feira, 11 de agosto de 2015

A Garota dos Meus Sonhos

Em uma fase "adultescente", me apaixonei e escrevi este poema, em fev/94, para a mesma linda garota do tema, já postado, "Recompensa"; como eu dizia, então: "quem age, não pensa!"
O mais incrível foi a resposta, (quase) na mesma moeda e no mesmo ritmo, que ela me deu, em seguida e que será a próxima postagem: "O Menino dos Meus Sonhos"

Extraí você
dos meus sonhos mais profundos;
olhar expressivo,
de sobrancelhas espessas e cílios compridos.
A pele quão alva e macia,
que as minhas mãos acariciam
as tuas, tão pequeninas.
Minha doce menina,
procurei você em cada esquina;
te encontrei.
Narizinho arrebitado,
lábios tão bem desenhados;
pezinhos, também pequeninos.
Eu era menino
e já te sonhava
com um sorriso encantado
e com o teu modo de ser e de pensar
És tão capaz de amar!
Queria ser o teu namorado;
mas, a tua imagem
está no meu passado;
meu presente é tão diferente,
eu não posso ser feliz;
foi você que eu sempre quis!
És ciumenta, também sou;
“valentinha”, “siri na lata”,
por ti me apaixonei; quero crer,
você, por mim, também se apaixonou.
Não nos tocamos, ainda;
que pena, talvez nunca;
porque, apesar de querermos
nos aproximar;
estamos travando uma luta:
“razão versus emoção!”
Posso escrever, nestes versos,
o final que eu quiser
e assim, te espero, triste;
o que existe, não quero;
mas, não posso e não devo
semear o teu tempo.
Se me hás de ter, temos medo;
nos respeitamos e compreendemos
a solidão dos iguais;
sim, porque estes se repelem,
os opostos se atraem.
Mas, isto é ciência,
minha experiência me diz
que só o tempo,
que hoje nos separa;
pode trazer, como o vento,
novos horizontes.
Neste momento,
defronte de ti,
te vejo assim como és;
sensível e romântica,
desconfiada e carente,
meiga e ardente.
Tais predicados também possuo;
mas, o melhor remédio
é sempre o tempo;
contra ele,
o meu maior defeito ou virtude;
sou impaciente.

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