terça-feira, 11 de agosto de 2015

Menina Travessa


Antes que eu (me) esqueça;
talvez. nem mereça
o teu apreço.
O preço eu pago
só pra rever
o teu doce sorriso.
Vou te falar:
“entra nesta roda dança,
dança de roda,
ciranda de saia rodada,
de esperança, esperançar.”
Criança mulher,
o que você quer?
Quer dizer, sei lá!
Vira pelo avesso
meu status quo.
Qual o quê?!
O que vou fazer
se te perder?
Se me encontro
neste labirinto,
pressinto teus olhos.
Escolho palavras e gestos
pra te tocar.
É por que
nem sei onde estou,
onde pisar.
E se o chão se abrir;
se eu cair, vou (me) levantar?
Como ter medo?
Como não ter?
Mas, é só uma criança,
no jeito, nos trejeito;
deixa estar...
Ganho confiança
pra te encontrar
e amar a mulher
que desabrocha.
Da rocha, tiro o limo;
pedra bruta, polida;
então, penso nas lições da vida
e deixo o meu lado menino
te encantar.
Neste encantamento,
sou o teu homem;
momento infinito,
agora é efêmera
a dúvida, a perda;
somem as incertezas.
Da tua beleza,
vislumbro a certeza
pra te dizer:
“nunca perca a pureza,
faça as travessuras
que a tua alma procura
e acredita
na doçura do teu olhar.”
Menina travessa,
antes que eu (me) esqueça
vou te contar:
“já não tenho medo,
vou viver com você
este brinquedo sério;
vou te amar.”

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