terça-feira, 11 de agosto de 2015

Perdão


Para que sofrer,
se tens a opção de amar?
Tá esperando o quê?
O tempo passar ou 
a dúvida acabar? 
Certeza, nunca terás. 
Se correr, vou te pegar; 
se ficar, vou ao teu encontro. 
Medo de enfrentar o futuro? 
O presente é o teu porto seguro; 
o passado, obscuro de amor, 
raízes extirpadas. 
Antes da dor, 
frutos felizes vingaram. 
Ficaram boas lembranças 
e as tristezas, apagadas. 
Agora, não por acaso, 
te reencontro. 
Ainda não percebo 
a sensação de eternidade 
deste momento. 
Mas, em que tempo? 
O encantamento, 
num passe de mágica, acontece. 
Mas o desencanto, por atitudes, 
estremece a relação. 
Perdes a noção da felicidade; 
então, foges 
e te distancias muito 
das palavras e dos contatos. 
Ato contínuo, me aproximo. 
Sentes o calor do meu corpo. 
Sinto o ardor dos teus beijos. 
Ouço desejos 
e declarações de amor 
que ecoam em minh’alma. 
Acalmam o temor de perda iminente. 
Carente, relembro canções. 
Desfaço “Segredos”. 
Tenho “Necessidade” de ti. 
Te quero mais do que “Só Hoje”. 
“Alma Gêmea”, 
não temas o meu amor. 
Sei a força desta união, 
também a sabes; 
ouve o meu pedido 
escuta o teu coração; 
arrazoa, mas vem. 
De pequenas surpresas 
mostramos a grandeza desta paixão. 
Esta decisão é tua. 
Perdemos a última lua cheia. 
Então, percebo 
a tua imagem desnuda 
em meus braços; 
não é miragem. 
Ao navegar por teu corpo, 
sinestesia e êxtase, 
compreendo a dimensão 
deste sentimento. 
Reciprocidade versus, 
de novo, medo de ser feliz. 
O erro foi meu. 
Quero atenção; não, exclusividade. 
Entenda esta momentânea solidão 
de minha parte. 
Por fim, Amor, 
assimila o meu pedido: 
“ Perdão!”

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