Para que sofrer,
se tens a opção de amar?
se tens a opção de amar?
Tá esperando o quê?
O tempo passar ou
a dúvida acabar?
Certeza, nunca terás.
Se correr, vou te pegar;
se ficar, vou ao teu encontro.
Medo de enfrentar o futuro?
O presente é o teu porto seguro;
o passado, obscuro de amor,
raízes extirpadas.
Antes da dor,
frutos felizes vingaram.
Ficaram boas lembranças
e as tristezas, apagadas.
Agora, não por acaso,
te reencontro.
Ainda não percebo
a sensação de eternidade
deste momento.
Mas, em que tempo?
O encantamento,
num passe de mágica, acontece.
Mas o desencanto, por atitudes,
estremece a relação.
Perdes a noção da felicidade;
então, foges
e te distancias muito
das palavras e dos contatos.
Ato contínuo, me aproximo.
Sentes o calor do meu corpo.
Sinto o ardor dos teus beijos.
Ouço desejos
e declarações de amor
que ecoam em minh’alma.
Acalmam o temor de perda iminente.
Carente, relembro canções.
Desfaço “Segredos”.
Tenho “Necessidade” de ti.
Te quero mais do que “Só Hoje”.
“Alma Gêmea”,
não temas o meu amor.
Sei a força desta união,
também a sabes;
ouve o meu pedido
escuta o teu coração;
arrazoa, mas vem.
De pequenas surpresas
mostramos a grandeza desta paixão.
Esta decisão é tua.
Perdemos a última lua cheia.
Então, percebo
a tua imagem desnuda
em meus braços;
não é miragem.
Ao navegar por teu corpo,
sinestesia e êxtase,
compreendo a dimensão
deste sentimento.
Reciprocidade versus,
de novo, medo de ser feliz.
O erro foi meu.
Quero atenção; não, exclusividade.
Entenda esta momentânea solidão
de minha parte.
Por fim, Amor,
assimila o meu pedido:
“ Perdão!”
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