O que houve?
Estou sem paz,
sem mais, nem menos;
sem pai, nem
mãe.
O tempo passou
e as
oportunidades não voltam.
Idades
oportunas já se foram.
E agora?
Nada além, aquém
dos tempos,
devo a quem
não posso pagar
e a culpa me
consome.
Some-se a isto, o remorso.
No dorso, o
mundo carrego.
Sossego, só
à noite,
no descanso
insone.
Sem tocar o
telefone,
engano a
fome e a sede.
Enfim,
adormeço.
Este é o
preço
da justa
colheita.
Como mudar?
Com
paciência.
Esperar o
desespero não vir.
Ver o que
dá pra fazer.
Fazer o que
não se vê.
Onde?
Aqui, ali, alhures.
Em algum
lugar,
talvez solidão.
Encontrar-se
só.
A sós?
Eu, sim e
nós? Não.
Então?
Desencontro.
Amor
incerto
supre o
momento;
mas, não nutre
o presente,
que se
alimenta de esperança,
não, de
incerteza;
de
cumplicidade,
não, de atitudes isoladas.
E esta
dúvida,
quem sabe,
pode ser a
dádiva
para o
crescimento.
Na dor,
tenacidade é preciso.
De quando
em vez, um sorriso.
Perseverança
e sensatez
para
entender
que se não
for desta vez;
certamente,
haverá um
instante
de
estabilidade e constância;
após a
tempestade, bonança.
Ponto de
partida
para a
definitiva felicidade.
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