sábado, 3 de janeiro de 2015

Verdes Olhos


Foi extemporâneo, os teus lindos Verdes Olhos; assim, nos encontramos casualmente e seguimos em frente; mas, na minha retina, ficou a bela imagem da menina doce. Fosse outro momento...

Verdes olhos,
esmeraldas cintilantes,
transmitem tanta pureza.
Olhar rasgado
de amêndoas selvagens,
de alegria contagiante.
Grande e voraz,
doa a paz
para receber a luz.
Força da natureza feminina,
mulher, ainda menina,
menina, já mulher;
cedo, sabe o que quer.
A fêmea, à mostra,
demonstra a magia do olhar,
penetrante ou arredio,
que, também, é
agri-doce, meigo, doce;
fosse outra ocasião
de sentir, de querer,
de pedir e dar prazer.
Só para se sentir
mais mulher,
dona de si e da situação.
Abre os olhos,
lindos olhos verdes;
de frente, de soslaio,
quero vê-los,
tê-los por perto.
Cílios, supercílios,
espessas e negras,
expressivas sobrancelhas;
lábios carnudos e sensuais,
de beijar eu quis
ao primeiro olhar.
Artífice,
de mãos delicadas e decididas,
belo e retilíneo nariz,
grego perfil;
tudo emoldura
tua paisagem de beleza.
Alguma tristeza transparece.
Velhas lembranças,
esperanças novas,
outras viagens.
Fortalece a mulher.
Abre os olhos,
quero ver-te,
lindos olhos verdes.


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